Escola SENAI Theobaldo De Nigris e Felício Lanzara.
O serviço nacional de aprendizagem industrial, SENAI, é uma
entidade privada, de Âmbito nacional dedicada a contribuir para o
fortalecimento da indústria e o desenvolvimento e sustentável do país, promovendo
a educação para o trabalho e cidadania, a assistência técnica e disseminação de
informações e a adequação, geração e difusão de tecnologia.
O SENAI nasceu em 22 de janeiro de 1942, através do decreto
da lei 4.048 do então presidente nacional Getúlio Vargas, com o objetivo, de
formação de mão de obra especializada e qualificada. Ao fim dos 1950, quando o
então presidente nacional Juscelino Kubitschek acelerou o processo de
industrialização, o SENAI já estava presente em quase todo o território nacional,
e já buscava no exterior formação para seus técnicos, logo assim tornando-se
uma referência na capacitação e formação profissional, servindo de modelo para
construção de outras instituições similares na Venezuela, Chile, Argentina e
Peru.
A primeira escola de Artes gráficas do SENAI foi instalada
em 1945, no bairro do Belém na capital paulista, região onde se iniciou a
industrialização da cidade. A unidade destinava-se a formações de aprendizes
para atender a demanda das gráficas que naquela época já empregavam cerca de
12,000 mil trabalhadores, distribuídos por tipografia, litografia e clicherias.
Em 1951 a escola de artes gráficas foi transferida para um
novo edifício no bairro Cambuci, tradicional reduto da indústria gráfica em São
Paulo. Na época o setor passava por um problema com impressos de má qualidade,
devido à utilização de maquinários com mais de 30 anos de uso, então o
presidente Juscelino Kubitschek que permitiu que o setor gráfico se reequipasse
no exterior, já que existia restrições
de importações nesta época, o resultado disso, foi o amplo crescimento do
setor.
Em 1962 a então escola de artes gráficas passou a se chamar
escola SENAI Felício Lanzara, homenageando o importante líder do setor, a
instituição já era conhecida pelo seu trabalho e eficiência, formando quase
duas centenas de alunos por semestre. Dois anos depois foi feito uma pesquisa
levantando dados sobre a mão de obra na indústria gráfica, que não foi tão
atraente e positiva na época, Pois entre os anos de 1946 a 1964 o numero de
trabalhadores basicamente dobrou que foram 12,706 para 27,662, mas a
qualificação profissional não vinha acompanhando este rendimento. O índice de
qualificação, em 1946 era de 44,5% caiu para 36,9% em 1964, se a situação
continuasse a mesma, nos próximos anos o desenvolvimento da indústria gráfica
seria prejudicado com a falta de capacitação profissional.
Dessa forma para fazer jus à expansão da indústria gráfica
em São Paulo, ouve uma reunião dos empresários do setor com afinidade de criar
uma nova escola técnica para complementar o trabalho que já vinha sendo feito
pela Escola SENAI Felício Lanzanra no nível de formação fundamental. Dois anos
depois, o Colégio de Artes Gráficas (Ciag) já estava pronto, fruto do convênio
do ministério da educação (MEC) e a Associação brasileira da indústria gráfica (ABIGRAF).
No final dos anos de 1970, após as analises de vários
modelos de ensino em diversos países, a instituição fechou um termo de
colaboração com a ACIMGA ( Associazione Costruttori Italiani Macchine Grafiche
e Affine- Associação dos fabricantes italianos maquinas gráficas e afins).
Foram recrutados seis técnicos italianos para formar a
coordenação técnica de setores da nova escola, eram eles Bruno Cialone, Ernesto
Mina, Felice Frascarolo, Gian Moccagatta, Lorenzo Baer e Sergio Vay. A equipe
do SENAI que cuidava do projeto da nova escola havia estruturado o esqueleto da
instituição, sua grade curricular, e as máquinas também já estavam no instituto. Porém em 1971 dois meses antes
do ano letivo, os instrutores italianos mal falavam português, as aulas eram
ministradas em italiano e poucos alunos que entendiam a língua passavam as
informações aos demais. Nos anos seguintes os italianos não formavam apenas
alunos, mas preparavam instrutores, sendo que o sucesso da escola deve se muito
ao retorno dessas primeiras turmas, mas já como professores.
Quando a Escola abriu suas portas em Março 1971, seu
objetivo era a formação técnica especializada em Fotomecânica, Tipografia,
Impressão Off-Set, Rotogravura, Acabamento e produção visual gráfica. O prédio
foi cedido ao SENAI pela Prefeitura, na Rua Bresser 2,315, na Mooca, cuja e
instalado em uma área de 8,800m², parte dos equipamentos foi cedido pelo MEC e
parte adquirido pelo SENAI, a primeira turma foram iniciadas com 72 alunos.
Em 1975 outros fatos marcaram aquele ano, foi a posse do
professor Jurandyr de Carvalho como diretor, e a nova nomenclatura da
instituição, que passou a se chamar Escola SENAI Theobaldo De Nigris. Cursos
oferecidos pela escola eram cada vez mais procurados a instituição despontava
como modelo de ensino técnico de nível médio na América Latina.
Ainda naquele ano, o SENAI, com o objetivo de otimizar
recursos de instalações, implantou o Centro Integrado de Formação profissional
para o ensino de artes gráficas, unindo as duas escolas, fazendo a transferência da Felício Lanzara
para Mooca ao lado da Theobaldo de Nigris.
Felício Lanzara continuou se dedicando ao ensino teórico e prático em nível
básico, e a Theobaldo De Nigris à formação em nível médio, juntas passaram a
somar uma área construída de 16,061m² tendo capacidade para 910 alunos.
As mudanças nos anos de 1980 que ocorreram no setor gráfico,
que vinham de uma era marcada pela tipografia e fotocomposição, os computadores
ganhavam forças como ferramentas do cotidiano, as gráficas começaram a
incorporar ao seu vocábulo duas palavras que transformaram o segmento, Qualidade
e Produtividade.
Na 7ª semana de Artes gráficas realizada em 1980, cuja a procura
foi tão grande que a Theobaldo De Nigris teve que montar um circuito fechado de
TV para levar as palestras para além do seu auditório, contando com
participação de vários especialistas estrangeiros, o evento abordou temas,
como, controle de qualidade, racionalização da produção e redução de custos.
Porem as maiores partes das empresas ainda possuía baixo grau de
desenvolvimento tecnológico, dispondo de equipamentos que ultrapassavam a media
de 10 anos de uso, e funcionários cuja à formação profissional tinha sido
adquirida das próprias empresas. Mas em
gráficas mais desenvolvidas a mudança no conceito era impulsionada pela
tecnologia e o SENAI unia forças para não perder o foco desta evolução.
Mesmo enfrentando dificuldades na importação, as gráficas
brasileiras lutavam para trazer as inovações para setor, e treinamento da mão
de obra era premente. Um novo equipamento incorporado ao um novo perfil de
automação chegou a Instituição Theobaldo De Nigris em 1989, uma impressora
off-set 5 cores, o instituto contava apenas
com impressoras bicolores até então.
Na década de 90 foram umas das épocas mais ricas do setor
gráfico nacional, a indústria gráfica viu crescer consideravelmente sua
capacidade tecnologia a partir da liberação das importações, por meio da
redução das barreiras tarifarias do promovidas pelo governo do Presidente
Nacional Fenando Collor de Melo. Então
sobre essa empolgação do setor, acontece em novembro de 1994 a 8ª Semana
Tecnológica de Artes gráficas (STAG), após 14 anos. Entre os assuntos debatidos
na Theobaldo De Nigris, estavam o futuro da mídia impressa, a racionalização da
qualidade e sua elevação, a indústria gráfica se sentia ameaçada pelo
crescimento da internet, procurava então recursos para se tornar mais
produtiva, e lucrativa, capaz de fazer frente aos meios eletrônicos. O período
também inaugurou uma nova fase de relacionamento da Theobaldo De Nigris com os
organismos ligados ao setor gráfico. A união de esforços sempre fez parte dos
preceitos da escola e nos anos 90, foi intensificada, visando à realidade do chão
de fabrica. Com a direção de Walter Vicioni Gonçalves em 1995, foi inaugurado a
relação entre a escola e o sistema ABIGRAF (Abigraf, ABTG e Singraf-SP) e no
mesmo ano ocorreu a transferência da sede ABTG para as instalações do Instituto
Theobaldo De Nigris, com o objetivo de definir o foco das competências e
vocações da associação tornando ações
mais eficientes em relação a formação de mão de obra.
Em 1991 a ABTG proporcionou
uma maior participação da Theobaldo De Nigris no Prêmio Excelência Gráfica, em
1995 o concurso passou a chamar Excelência Gráfica Fernando Pini, em homenagem
a um dos seus idealizadores que faleceu
precocemente aos 34 anos. Fernando Pini foi uns dos maiores técnicos em artes
gráficas da América Latina, Atuou como assessor técnico da Theobaldo De Nigris,
diretor de tecnologia da ABTG e coordenador do Circulo Ibero Americano de
Formação em Artes Gráficas (Cifag) órgão criado no âmbito da Conblatingraf.
Na gestão do Sr. Walter Vicioni foi estruturado o primeiro
curso superior de Tecnologia Gráfica sonho antigo do setor. Em 1998 aconteceu
mais uma importante conquista o curso superior é aprovado pelo MEC, quando a
escola já estava sob o comando do novo e então diretor, Sr. Manoel Manteigas de
Oliveira. O curso Superior de Tecnologia Gráfica, foram designado a formar profissionais, futuros
gestores, que terão toda a capacidade de gerar planejamentos e controlar uma
gráfica de uma forma global, desempenhando funções como o gerenciamento do
processo gráfico, promoção de análises e pesquisas, a realizações de ações de
consultoria e estudos de viabilidade econômica, coordenação de equipes de
trabalho e a promoção da melhoria da produtividade e da qualidade, entre outras
atividades.
No inicio dos anos 2000, diante da globalização e da
elevação da concorrência, a indústria nacional passava por um tremendo desafio,
que foi de repensar todos os processos implantados, buscando renovações para os
sistemas produtivos, investindo em programas de reestruturação, qualidade e
produtividade, e a mudança de postura ganhou força com adoção pelo MEC, de um
novo modelo de ensino que separou o ensino técnico do regular. SENAI por sua
vez, fez um realinhamento de suas atividades, com o novo formato deu as escolas
à responsabilidades de pensar a educação profissional, para responder as
necessidade das empresas.
O cenário gráfico já não era mais o mesmo, as empresas
investiam muito em atualizações de suas tecnologias, com uma disposição uma
enorme variedade de equipamentos para atender as diversas necessidades, a
principal questão era, justamente fazer as escolhas corretas. Pensando nos novos objetivos o SENAI
continuou a expandir sua oferta de cursos, respondendo à multiplicidade de
novas tecnologias e a necessidades de especialização, Reestruturou a formação
inicial continua, com cursos de curta e média duração, dedicados à iniciação,
qualificação, aperfeiçoamento e especialização de profissionais, Complementando
a formação em nível superior, que em 2005 nasceria a pós- graduação lato sensu,
em três modalidades, Tecnologia de impressão Off-Set, Gestão Inovadora da
Empresa Gráfica, e Planejamento e Produção de Mídia Impressa. Antes isso, com a
preocupação com a indústria a Theobaldo De Nigris encerra 2002, integrado ao
grupo de escolas do SENAI-SP com ISO 9001, certificação focada no sistema de
gestão de qualidade.
Consolidado como o mais importante centro de Tecnologia
Gráfica do Hemisfério Sul, o conjunto formado pelas as escolas Theobaldo De
Nigris e Felício Lanzara e pela Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, obteve
ao longo de sua trajetória influência marcante como modelo de formação
profissional para países vizinhos. O SENAI-SP encerrou a primeira década de 2000 elevando ainda mais a aplicação de recursos de suas escolas,
No segundo semestre de 2012 começaram a ser oferecidos novos cursos técnicos,
com seus currículos estruturados com base no conceito pedagógico de competência
profissional. O curso Superior de Tecnologia Gráfica teve também seu currículo
renovado, com partes de suas disciplinas oferecidas à distância, e programas de
bolsas de estudos e financiamento estudantil.
Hoje o conjunto Theobaldo De Nigris Felício Lanzara e a
Faculdade Senai de Tecnologia gráfica, formam um dos únicos centros tecnológicos
no mundo a cobrir todas as etapas da cadeia produtiva gráfica com alternativas
diferentes de impressão, englobando todos os processos que tem a relevância
técnica e econômica. E a instituição segue em investimentos para promover a
educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de
tecnologias industriais contribuindo para elevar a competitividade da indústria
brasileira.
“Investir em capacitação dos
funcionários é investir na empresa, nenhuma empresa evolui se seus funcionários
não evoluem”.
Professor Manoel
Manteigas de Oliveira
Curso de Aprendizagem Industrial - Auxiliar de Produção Gráfica
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Formação de Auxiliares de Produção Gráfica, com ênfase em impressão offset e acabamento. Dirigido, preferencialmente, a estudantes indicados por empresas para serem contratados como aprendizes, em cumprimento à Lei da Aprendizagem.
Duração de quatro semestres, em meio período, à tarde.
Pré-requisitos:
- Ensino fundamental concluído até a data de início das aulas
- Preferencialmente candidatos que tenham, no mínimo, 14 anos na data de início do curso e, no máximo, idade que lhes permita concluí-lo antes de completar 18 anos.
Processo seletivo: prova de conhecimentos do ensino fundamental
Candidatos encaminhados por empresas contribuintes do SENAI
Período de Inscrição: das 14h do dia 02/02/2015 às 21h do dia 18/02/2015.
Prova de seleção: 15/03/2015
Divulgação do gabarito (escolas e internet): 16/03/2015, a partir das 14h
Divulgação dos resultados (escolas): 24/04/2015, a partir das 14h
Período de matrícula: 24, 27 e 28/04/2015
Candidatos da comunidade
Período de inscrição: das 14h do dia 04/05/2015 às 21h do dia 15/05/2015.
Prova de seleção: 31/05/2015
Divulgação do gabarito (escolas e internet): 01/06/2015 a partir das 14h
Divulgação dos resultados (escolas e internet): 24/06/2015 a partir das 14h
Período de matrícula:
Classificados: 24, 25 e 26/06/2015
Suplentes (1ª chamada): 29/06/2015
Suplentes (2ª chamada): 30/06/2015
Maiores informações:
11-2797-6333
Técnico em pré-impressão, impressão offset, rotogravura e flexografia
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Período: 1º semestre/2015
Período de inscrição: das 14h 23/02/2015 às 21h do dia 16/03/2015.
Prova de seleção: 12/04/2015
Divulgação do gabarito (escolas e internet): 13/04/2015, a partir das 14h
Divulgação dos resultados (escolas e internet): 08/05/2015, a partir das 14h.
Período de matrículas
Classificados: 08, 11 e 12/05/2015
Suplentes (1ª chamada): 13/05/2015
Suplentes (2ª chamada): 14/05/2015
IMPORTANTE: Consultar a escola para saber os horários para matrícula e chamadas de suplentes.
Taxa de inscrição: R$ 43,00
Requisitos para inscrições:
• Para o período manhã comprovar a conclusão da 1ª série do ensino
médio ou estar matriculado em curso que lhe permita concluí-la até a
data do início das aulas.
• Para o período noturno comprovar a conclusão do ensino médio ou
estar matriculado em curso que lhe permita concluí-lo até a data do
início das aulas.
médio ou estar matriculado em curso que lhe permita concluí-la até a
data do início das aulas.
• Para o período noturno comprovar a conclusão do ensino médio ou
estar matriculado em curso que lhe permita concluí-lo até a data do
início das aulas.
Inscrições e manual do candidato apenas pelo site:
Biblioteca
- Segunda a quinta-feira: 8h00 às 21h45
- Sexta-feira: 8h00 às 19h00 e 19h30 às 21h45
- Sábado: 8h00 às16h45
Alunos das Escolas SENAI e associados da ABTG podem retirar obras por empréstimo.
Outras informações pelo telefone (11) 2797.6325 ou email: biblioteca114@sp.senai.br
Links:
Slides da apresentação do Prof. Dr. Valverde, da Universidade Federal de Viçosa, realizada em 24 de junho de 2010
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